Brasília - A presidente do PT no Paraná, Gleisi Hoffmann, começou a preparar terreno para candidatar-se ao Senado em 2010. A petista organiza hoje uma visita de 26 das 32 prefeitas paranaenses à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

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A caravana das prefeitas paranaenses em Brasília, de acordo com Gleisi, é uma maneira de facilitar o acesso aos recursos do governo federal. "As barreiras que as mulheres enfrentam na política em geral se refletem até em maior nível em Brasília", justifica Gleisi. Além da visita a Dilma, candidata do PT à sucessão presidencial em 2010, as prefeitas participaram ontem de um jantar com os dois ministros paranaenses – Reinhold Stephanes (Agricultura) e Paulo Bernardo (Planejamento), que é marido de Gleisi.

Sobre a campanha ao Senado, a petista afirmou que se considera hoje mais "competitiva e ma­­dura" do que em 2006, quando perdeu para Alvaro Dias (PSDB). Ela disse que a candidatura é uma decisão do partido e praticamente descartou a hipótese de ocupar o posto de vice em uma chapa com o senador Osmar Dias (PDT). Reiterou, porém, que ainda espera por um acordo para compor uma aliança do PT com o governador Roberto Requião (PMDB), que também deve se candidatar a senador.

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Gleisi ainda comentou que o conservadorismo é o principal obstáculo das mulheres na política paranaense. "O paranaense não é mais ou menos machista do que o eleitor de outros estados; o fato é que é mais conservador".

Segundo a petista, apesar dos avanços no campo profissional, as mulheres continuam com dificuldades na política. No ano passado, elas conquistaram apenas 8% das 399 prefeituras do Paraná. Além disso, o estado elegeu somente duas congressistas na história – as deputadas petistas Selma Schons e Dra. Clair, que cumpriram mandato na legislatura passada e não conseguiram se reeleger.