Única senadora da bancada do Paraná a se manifestar na sabatina de Alexandre de Moraes, a líder do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a indicação de alguém com um passado de “militante partidário” e cobrou a suspeição do candidato ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos da Lava Jato e também naqueles envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT), como o recurso da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) contra o impeachment.
Sabatina com polêmica: Alexandre de Moraes fala sobre PCC, plágio e Operação Acrônimo
Leia a matéria completa“É extremamente preocupante. Não é possível que a gente tenha um ministro no Supremo Tribunal Federal com vinculações e compromissos partidários. A frase não é minha. É do senador Aécio Neves, no dia 13 de maio de 2015, quando da sabatina do ministro Fachin aqui na CCJ. Fico espantada como as pessoas se adequam rapidamente às conjeturas que lhes interessam, porque acabou-se de discorrer aqui sobre a necessidade do respeito aos posicionamentos político-partidários dos indicados ao STF. Os que foram leões de outrora com o ministro Fachin, rugiram contra suas posições político-partidárias, hoje estão aqui gatinhos, muito mansos”, disparou a senadora, em referência à recente fala de Aécio Neves (PSDB-MG), em defesa de Moraes.
Gleisi também destacou a quantidade de manifestações de entidades contrárias à indicação e acrescentou que aqueles que declararam apoio a Moraes o fizeram “timidamente”. “Nunca tínhamos tido manifestações tão contundentes contra uma indicação”, reforçou a paranaense.
Ao responder à senadora, Moraes ironizou uma das manifestações organizadas pelos estudantes do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que não teria conseguido reunir “nem 40 pessoas”, segundo ele.
Em relação à cobrança por suspeição, Moraes justificou que “não acho que é o caso de me declarar previamente impedido em nada”. “Cada caso será analisado com base no Código de Processo Civil e Código de Processo Penal”, respondeu Moraes.
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