Prazo
Governo promete detalhar dívida na semana que vem
A assessoria do governo do Paraná prometeu para semana que vem a divulgação do levantamento final da dívida do estado com os fornecedores. O pente-fino estava programado para ocorrer até a última segunda-feira, mas a assessoria alega que a Secretaria Estadual da Fazenda pediu um prazo maior para apresentar os dados.
Ontem, o governador Beto Richa (PSDB) voltou a afirmar que a dívida está sendo "equalizada" e que todos os credores serão pagos. Levantamento prévio aponta que o governo deve R$ 1,1 bilhão para os fornecedores, mas esse valor pode sofrer reajustes com o pente-fino das despesas contratadas e realizadas ao longo de 2013. Além do valor final da dívida, a assessoria promete divulgar a relação dos credores e o cronograma para pagamento dos débitos.
Mesmo com a promessa do governo estadual em honrar todos os compromissos, há temor entre os fornecedores que estão para receber do Executivo. Em dezembro de 2013, o governador assinou um decreto em que cancelou os empenhos não processados do ano passado. O empenho oficializa o compromisso de um fornecedor entregar um bem ou serviço para o poder público, o qual fica obrigado a efetivar o pagamento.
Katna Baran
O embate político entre a senadora Gleisi Hoffmann (PT) e o governador Beto Richa (PSDB) que esquentou no último fim de semana com os dois trocando acusações em eventos públicos nas cidades de Umuarama e Quarto Centenário , ganhou mais um capítulo ontem. Após solenidade de entrega de máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para 50 municípios paranaenses, em Cascavel, no Oeste, Gleisi rebateu críticas do governador Beto Richa que, na segunda-feira, chamou-a de agressiva.
"Eu acho lamentável um estado como o Paraná figurar nas páginas de jornais nacionais como um estado caloteiro. Dói minha alma porque é um estado de um povo trabalhador", afirmou. Outra vez ela negou que o governo federal atuou com motivações políticas para não liberar ao Paraná o financiamento superior a R$ 800 milhões do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste). O argumento da não-liberação tem sido utilizado por Richa e sua equipe para justificar os problemas de caixa enfrentados pelo estado. O Paraná deve R$ 1,1 bilhão para fornecedores.
Segundo ela, se fosse uma questão política, estados como São Paulo e Minas Gerais, governado pela oposição, não teriam recebido os recursos.
Saudade
Gleisi, que deixou o primeiro escalão do governo federal na última segunda-feira e retoma sua cadeira no Senado disse que vai sentir saudade da Casa Civil. "Vou sentir muita saudade da convivência com os ministros, com a presidenta Dilma com quem eu aprendi demais", disse. Ela afirmou ainda que espera ter contribuído com o desenvolvimento do Brasil nesses dois anos e sete meses à frente da coordenação dos ministérios.
A entrega simbólica das máquinas do PAC ocorreu durante o Show Rural Coopavel, feira tecnológica do agronegócio que se encerra hoje. Gleisi chegou ao evento acompanhada do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT), e do diretor da Itaipu Binacional Jorge Samek.
Resposta
Por meio de sua assessoria, o governador Beto Richa (PSDB) disse que não iria comentar as declarações de Gleisi, pois "ainda não está em período eleitoral".
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Apoio a petista é "caminho natural", diz Osmar Dias
O ex-senador Osmar Dias (PDT), atual vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, disse ontem que o apoio dele e do seu partido à candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT) ao governo do estado é "um caminho natural". "Da minha parte está tudo definido, agora eu preciso ouvir meu partido, ver o que os deputados e as lideranças desejam, mas eu acho que o caminho natural é esse", afirmou.
Ministério
Dias esteve em Cascavel, no Oeste, para visitar o Show Rural Coopavel, um dos maiores eventos tecnológicos do agronegócio brasileiro. Ele também voltou a negar que tenha sido convidado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a pasta do Ministério da Agricultura, que deverá ficar vaga nas próximas semanas já que o ministro Antonio Andrade, que é deputado federal pelo PMDB mineiro, deixará o cargo para tentar a reeleição.
Sem política
Segundo Dias, a reunião com a presidente Dilma foi para discutir um programa de infraestrutura que ele coordena no Banco do Brasil. "Foi uma reunião de trabalho onde não se falou de política, apenas trabalho", garantiu. Questionado se pretende deixar a função no Banco do Brasil para disputar um cargo eletivo, ele desconversou. "Essa pergunta eu só respondo no final de março", disse.
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