A agora ex-ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) afirmou hoje ter buscado "atuar em defesa da estabilidade política, ainda que não a qualquer preço" e "ouvir mais do que falar" ao longo do tempo que ocupou a pasta.
Em cerimônia de transmissão de cargo a Aloizio Mercadante no Palácio do Planalto hoje pela manhã, Gleisi disse que "não é fácil fazer mudanças". "O programa de investimento em logística é prova disso, assim como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foi. Os interesses de quem não quer mudar mas sempre se manifestam com estridência enquanto os interesses pela renovação têm mais dificuldades de garantir aliados. Há tensões, há conflitos e nem todos os interesses são conciliáveis", disse."Os resultados mostram que existe uma grande confiança nos negócios no Brasil. Um grande número de investidores se mobilizam para participar do processo", continuou.Gleisi deixa o governo para reassumir seu mandato de senadora pelo Paraná e, neste ano, disputar as eleições para o governo daquele Estado. Em um discurso permeado de elogios à presidente Dilma Rousseff, que não participou da solenidade, defendeu o legado que transmitirá ao recém-empossado Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação."Busquei um diálogo franco e construtivo com os demais ministros e ministras, com os empresários, com as lideranças sindicais e com os líderes políticos. Em todos os momentos, procurei atuar em defesa da estabilidade política, ainda que não a qualquer preço. Cumprindo a orientação da presidente Dilma, o foco da Casa Civil foi a gestão dos programas de governo, a prioridade para os programas para a inclusão dos mais pobres e pela melhoria da vida das pessoas", disse."Além condução do grande plano de investimento em logística, abrangendo rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Procurei ouvir mais do que falar e trabalhar mais do que me manifestaram. Não deixei, contudo, de tomar partido, assumindo com responsabilidade e de forma consciente a condição de agente do poder público", continuou.A senadora destacou também programas sociais, como o de combate ao crack e o de prevenção à seca, além do Mais Médicos e a organização de grandes eventos como Olimpíada e Copa do Mundo.
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