Stephanes: de fora do ministério no governo Dilma.| Foto: Wilson Dias/ABr
Leonaldo Paranhos, deputado estadual (PSC) e presidente da CPI dos Leitos do SUS
Requião: ninguém se habilitou a enfrentá-lo até agora.
Michel Temer: vice poderoso.

Desde que assumiu a Casa Civil, a ministra Gleisi Hoffmann foi definida por seus pares em Brasília mais de uma vez como sendo "estudiosa". O deputado Reinhold Stephanes (foto) (PMDB) deu um exemplo concreto da disposição da petista para aprender. "Um dia desses, antes de ser chamada para o ministério, ela me convidou para conversar e passou uma hora e meia fazendo perguntas sobre o Código Florestal", diz. Como senadora, Gleisi iria votar no projeto, já aprovado na Câmara. "Tudo o que eu dizia ela anotava, queria saber mais. Apesar de ser aliada do governo, queria entender o ponto de vista de quem conhece agricultura mais de perto", disse Stepha­nes, que saiu impressionado da conversa com Gleisi.

CARREGANDO :)

Conversa fiada (foto2)

Leonaldo Paranhos, deputado estadual (PSC) e presidente da CPI dos Leitos do SUS.

Publicidade

O que as investigações da CPI já descobriram?

Nós fizemos diligências em sete cidades e detectamos que existe sobra de leitos. O Paraná é o estado que mais recebe verba do SUS. A quantidade de leitos ligados ao SUS no estado é de 21 mil. O que falta é gestão.

Existem leitos sobrando?

Dois discursos caem por terra: falta de leitos e de funcionários. Têm mais de 2 mil leitos ociosos no estado. Quanto a funcionários, a média do setor privado é dois e meio funcionários por leito. A média do setor público é nove por leito.

De quem é a culpa?

Publicidade

O sistema está errado. A pergunta que o povo faz é: por que se morre em corredor de hospital e dentro de ambulância? Parte dela está sendo respondida: há falha de gestão.

Como resolver isso?

Vamos propor a criação de uma central on-line de leitos. Com a central, vai ser possível monitorar os casos de negligência ou sonegação dos leitos.

Nova investigação (foto 3)

O senador Roberto Requião (PMDB, foto) virou alvo de uma nova investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Denúncia da Polícia Federal por suposto crime eleitoral na campanha para o Senado, em 2010, chegou ao STF nesta quinta-feira. A relatora do caso será a ministra Cármen Lúcia. Este é o único caso contra Requião no Supremo sem se tratar de acusação de crime contra a honra.

Publicidade

Rejeição ao Código Florestal

Pesquisa do Instituto Datafolha sobre o projeto de lei que cria um novo Código Florestal para o país revela que 95% dos brasileiros não aceitam manter plantações e pecuária nas áreas de preservação permanente (APPs) – como encostas e topos de morro e margens de rios. O texto aprovado na Câmara, e que agora está no Senado, prevê que as APPs possam ser ocupadas. A pesquisa, encomendada por seis ONGs ambientalistas, foi feita com 1.286 pessoas em todo o país.

Presidencialismo imperial

O ex-presidente do STF Gilmar Mendes criticou duramente o posicionamento da corte na decisão sobre manter o ex-ativista italiano Cesare Battisti no país. De acordo com ele, o Supremo saiu diminuído neste episódio. Para o ministro, o posicionamento de simplesmente acatar a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva beira ao "presidencialismo imperial". "Como eu disse no meu voto: nós viramos um clube ‘lítero-poético-recreativo’. Imagino que isso terá consequências no futuro. Haverá um tipo de organização para impedir extradições. Daqui a pouco teremos consultorias e lobbies para isso."

Pinga-fogo (foto 4)"Presidente, o PMDB lhe deixa à vontade. Quem a senhora escolher terá nosso apoio."

Publicidade

Michel Temer, vice-presidente da República, falando a Dilma Rousseff sobre a escolha de Ideli Salvatti (PT-SC) para o Ministério das Relações Institucionais.

Colaborou: Sandro Moser.