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Um avião da Gol teve que interromper um vôo internacional, na noite de terça-feira (22), e voltar para o aeroporto em São Paulo. Na quarta-feira (23), a companhia aérea e a Infraero, estatal que administra os aeroportos, divergiram sobre a causa do problema.

A Gol afirma que um pássaro entrou na turbina do Boeing, mas a Infraero acredita que foi uma pane.

No início da madrugada desta quarta-feira, técnicos observaram a turbina avariada do avião da Gol, no aeroporto internacional de São Paulo. O Boeing, modelo 737-800, tinha 162 passageiros a bordo. Decolou com destino a Porto Alegre e Montevideu às 23h26, com quase duas horas de atraso.

Os passageiros contam que depois de cinco minutos de viagem, sentiram algo estranho no lado esquerdo do avião. "Um barulho enorme, depois de mais um minuto um outro estrondo, e aí a pessoa que estava do meu lado oposto disse que a turbina estava pegando fogo", afirmou o cantor Leandro Lehart. Minutos depois, segundo Leandro, o comandante avisou que houve uma pane. "Um problema de descompressão da turbina e que o problema estava resolvido e ele ia para a cidade de Santos ficar meia hora em cima do mar para poder jogar o combustível fora."

Explicações

A Gol não quis gravar entrevista. Em nota, informou que o vôo 7486 precisou voltar ao aeroporto depois que uma ave entrou em uma das turbinas, mas ela não parou de funcionar e o pouso foi feito em condições normais.

O avião retornou a Guarulhos à 0h11, 45 minutos depois de decolar. Uma pessoa passou mal, mas ninguém se feriu.

A Infraero vistoriou a turbina esquerda da aeronave e, num relatório, apontou outra causa para o incidente: foi uma pane no sistema pneumático do motor, conhecida como stol, segundo a estatal.

O superintendente da infraero, Edgar Brandão Júnior, explica que a colisão com um pássaro deixaria marcas de sangue e até mesmo penas na turbina. "A gente não identificou a situação da possibilidade de acidente com pássaro. Não há vestigio que possa ter acontecido", disse.

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