Governador de São Paulo desde o dia 6 de abril, quando o titular José Serra (PSDB) se desincompatibilizou para disputar a Presidência da República, o tucano Alberto Goldman repete, no exercício do cargo, hábito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que de maneira contumaz elogia a ex-ministra Dilma Rousseff (PT), sua candidata à Presidência. Em 29 dos 37 discursos proferidos em cerimônias oficiais do dia da posse até 19 de junho, Goldman citou e elogiou a gestão de Serra como governador, destacando seu empenho e paternidade de políticas públicas implementadas no Estado.
Em só um discurso, Goldman fez menção a Serra fora do contexto político. Todos os discursos analisados pelo jornal O Estado de S. Paulo estão publicados no portal do governo paulista. Há 38, mas um se repete. Em nota, a Secretaria de Comunicação alegou que as declarações de Goldman "foram feitas em contexto específico, durante eventos administrativos, e são registros históricos de que obras, projetos, ações ou serviços entregues por ele na ocasião foram efetivamente iniciados durante a gestão de seu antecessor, José Serra".
Coordenador de comunicação da campanha de Dilma e vice-presidente do PT, o deputado Rui Falcão disse que "o feitiço se volta contra o feiticeiro". "Tanto no caso de Lula quanto no caso de Goldman não há ilegalidade. Os que propagam a ilegalidade (na ação de Lula) mordem a língua", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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