O chefe de Polícia Civil delegado Álvaro Lins, determinou que a Polinter intime o ex-goleiro do Flamengo Júlio César, que está na Inter de Milão, na Itália, para prestar depoimento. Ele quer saber do jogador quem são os homens que intermediaram o contato do goleiro com o traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-te-vi, chefe do tráfico de drogas na Favela da Rocinha.
Júlio César conversou duas vezes com o criminoso utilizando um radiotransmissor de dois amigos que conheciam Bem-Te-Vi. Numa das conversas, em vez de chamar a polícia, Júlio César ligou para o bandido no dia seguinte em que testemunhou um assalto em frente à favela.
"Ele vai prestar depoimento na condição de testemunha, pois não cometeu nenhum crime. Entretanto, a conduta dele é moralmente reprovável. Uma pessoa que é um ídolo popular não pode manter diálogo com um traficante. O Júlio César é um hipócrita que participa de caminhada pela paz mas enaltece e reverencia um traficante procurado", falou Álvaro Lins.
Os intermediários poderão ser indiciados pelo crime de associação para fins de tráfico de drogas, segundo o chefe de Polícia Civil. Álvaro Lins chamou estas pessoas que levam celebridades para favelas são "promoters do tráfico". "Este intermediário está colaborando para atrair mais consumidores, aumentando a venda do tráfico. Eles promovem a ida dessas celebridades nestes locais atraindo as pessoas. Isso pode ser considerado associação para o tráfico", ressaltou o delegado.
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