“Vivemos um tempo muito estranho”, avaliou a presidente Dilma Rousseff ao final desta segunda-feira (7), após receber juristas contrários ao impeachment e reforçar a “confiança” que possui no vice Michel Temer (PMDB), Dilma viu o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) atrasar o trâmite do impeachment na Casa, num movimento contrário ao desejado pelo Planalto.
“Não há nenhuma justificativa para que isso [impeachment] ocorra, exceto aqueles que acham que tem um atalho pra chegar à Presidência da República que não é o voto popular”, afirmou em agenda pública na noite desta segunda. Na abertura da conferência nacional de assistência social, em Brasília, ela afirmou ter “força suficiente para lutar” e criticou os resultados do que qualifica como “golpe”.
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“Ao longo da história, os golpes não constroem harmonia, a unidade, nem constroem a pacificação necessária para os países avançarem. Pelo contrário: geralmente o que os golpes constroem é o caos, que deixam feridas e marcas profundas”, disse em abertura da conferência nacional de assistência social, em Brasília.
Dilma foi recebida sob gritos de “não vai ter golpe” e muitos aplausos, mas também ouviu vaias isoladas do público. A presidente voltou a dizer que “não há nenhuma justificativa” para o impeachment, e que é necessário “unir e unificar o país”, desde que “dentro da legalidade”.
PEDALADAS FISCAIS
Diante de uma plateia de usuários de serviços de assistência social e servidores da União, Estados e municípios, Dilma defendeu o pagamento de benefícios sociais, como os do Bolsa Família.
O governo alega que as chamadas pedaladas fiscais foram destinadas a pagar programas sociais -como o Bolsa Família. “Nós escolhemos um caminho, uma política, e podem ter certeza que essa escolha, mais cedo ou mais tarde, sempre é cobrada”, afirmou Dilma.
Em seguida, a presidente explicou: “Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Uma parte do que me acusam é por isso. Paguei sim”, afirmou sob aplausos. “Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro. Não foi empréstimo que pagou o Minha Casa Minha Vida, foi o dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país”, concluiu.
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