O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), aceitou nesta sexta-feira (17) a retratação pública do presidente da Philips após a declaração de que "se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", de acordo com a assessoria de imprensa do governo.
Para Dias, "o caso está encerrado", informou ao G1 a assessoria, acrescentando que ele não colocará em prática a intenção de encaminhar ao Congresso e ao presidente Lula um ofício manifestando repúdio à declaração de Zottolo.
Paulo Zottolo, presidente da Philips para a América Latina, disse em carta pública divulgada nesta sexta que a declaração foi "mal colocada".
"Reconheço que a frase foi por mim mal colocada e, publicamente, peço desculpas à população do Estado, aos seus governantes e a qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida", afirmou Zottolo em nota, que foi publicada nos jornais "Valor Econômico" e "Meio Norte", publicação piauiense.
Na manhã desta sexta, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), havia afirmado ao G1, por meio de sua assessoria de imprensa, que exigiu do presidente da Philips uma retratação pública após a frase.
Segundo a assessoria do governador, o presidente da Philips para a América Latina, Paulo Zottolo, telefonou na quinta se desculpando. O governador aceitou as desculpas, mas informou ao executivo que não abria mão da retratação pública.
Polêmica
Paulo Zottolo é um dos integrantes do Movimento Cívico Pelo Direito dos Brasileiros, conhecido como "Cansei". Em entrevista ao jornal "Valor Econômico" de quinta (16), Zottolo disse que, ao apoiar o movimento, desejava remexer no "marasmo cívico" do Brasil. "Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", disse.
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