O Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar), entidade que promove ações beneficentes, deve perder no próximo mês um convênio que mantém com Detran que lhe garante R$ 3,5 milhões por ano. O convênio permite que o dinheiro pago pelo motorista que escolhe a numeração da placa do carro seja repassado para o Provopar. A determinação para o corte no repasse partiu do governador Orlando Pessuti (PMDB), que tentou indicar sua esposa, Regina Pessuti, como presidente do Provopar hoje comandado por Lúcia Arruda, irmã do ex-governador Roberto Requião.
Pessuti, porém, não tem como nomear a primeira-dama, pois o Provopar recentemente se tranformou legalmente em uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), com mandato fixo de quatro anos para seus dirigentes. Lúcia Arruda, por exemplo, foi eleita em 2008 e fica no Provopar, portanto, até 2012.
"Eu pensava que o Provopar ainda era ligado ao governo, mas como agora é uma Oscip vamos repassar os recursos do estado para outra instituição que também promova a assistência social", justificou Pessuti.
No início deste mês, Pessuti ligou para Lúcia e pediu para que ela deixasse o cargo. "Eu vou permanecer no cargo, ele não tem o direito de intervir aqui porque o governo não pode intervir numa organização civil", reagiu Lúcia. "Não sei se isso [cancelamento do convênio] é para atingir o Requião. Sei que vai atingir a população do Paraná porque vai impedir ações do Provopar em assistência social", completou. Na opinião dela, a iniciativa de Pessuti "é uma atitude pequena, de uma pessoa que não pensa na população que ele governa".
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