O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), anunciou nesta quarta-feira a criação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de segurança pública no estado, que reunirá as polícias do estado, a Polícia Federal, os ministérios públicos estaduais e federal e outras instituições no combate à violência. O anúncio foi feito após encontro do governador com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que viajará na quinta-feira a Maceió para criar oficialmente o grupo.
O ministério informou que um grupo de policiais foi enviado ontem a Alagoas, para avaliar a situação. Mas o número de agentes federais que farão parte da força-tarefa que atuará no estado não foi divulgado.
O estado enfrenta uma série de seqüestros. Em menos de 24 horas, dois magistrados ligados ao primeiro escalão do Poder Judiciário foram seqüestrados esta semana. Teotônio e o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que também participou do encontro com Thomaz Bastos, levantaram a suspeita de que os crimes podem estar relacionados e ter fundo político.
- Existe essa hipótese. Dois membros do Judiciário seqüestrados no mesmo dia não é coincidência - disse o governador.
Após três dias em poder dos seqüestradores, o juiz Paulo Zacarias da Silva, de 52 anos, presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis), foi libertado por volta das 5h desta quarta-feira, em Maceió, depois de pagar resgate. O juiz, que foi rendido e levado por três homens no domingo à noite, está em casa e passa bem.
Seqüestrado no dia anterior, o advogado Luciano Paulo Leite, genro do presidente do Tribunal de Justiça, José de Holanda Ferreira, foi libertado horas depois. Há duas semanas, a irmã de um outro juiz passou três dias num cativeiro. Segundo estatísticas oficiais, 17 pessoas foram seqüestradas de outubro do ano passado até agora.
De acordo com o Blog do Noblat, o governador de Alagoas foi aconselhado pela polícia a reforçar sua segurança pessoal.
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