O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), teria investido R$ 800 mil oriundos de propina em uma unidade do restaurante da rede Madero, em Piracicaba, no interior de São Paulo.
É o que disse Benedito de Oliveira Neto, o Bené,à Polícia Federal em depoimento após fechar acordo de delação premiada na Operação Acrônimo. As informações são da revista Época.
O dinheiro investido na hamburgueria faria parte de uma propina de R$ 20 milhões paga pela montadora Caoa em troca de isenção fiscal dada por Pimentel ainda quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio da presidente Dilma Rousseff. A verba teria sido direcionada para bancar despesas da campanha a governador.
A franquia do Madero em Piracicaba era mantida pelo sobrinho de Pimentel, Felipe Torres. Foi ele quem pediu que houvesse investimento na hamburgueria. O dinheiro foi repassado por meio de um contrato com a gráfica Color Print, que prestou serviços à campanha.
À revista Época, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que delações premiadas não são um instrumento válido. O advogado da Caoa, José Roberto Batochio, comentou que foram firmados dois contratos de consultoria com empresas de Bené. A gráfica Color Print não se pronunciou.
Para a Gazeta do Povo, a rede Madero comunicou em nota que “nunca teve qualquer tipo de relacionamento” com Bené e Pimentel e que Felipe Torres foi franqueado do Madero por cinco meses, até outubro de 2015, quando a empresa “recomprou a franquia e encerrou o relacionamento comercial com o ex-franqueado”. Além disso, a rede Madero diz confiar que culpados nas operações Lava Jato e Acrônimo serão devidamente punidos.
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