![Governador de MG quer apuração sobre vazamentos da PF Fernando Pimentel, governador de MG: rota de colisão com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. | Manoel Marques/Imprensa MG](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/06/1b1c36f83506f6ef6d9011b0ae5eee2f-gpLarge.jpg)
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), orientou seus advogados a pedirem abertura de investigação sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Acrônimo, da Polícia Federal. Segundo fontes do governo mineiro, o pedido deve ser formalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro responsável por processos contra governadores, mas o alvo é mesmo a PF.
Cardozo cobra procurador-geral por ‘vazamento’ de delação
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu na segunda-feira (29) com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para cobrar os “vazamentos” da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, na Operação Lava Jato.
Leia a matéria completaO pedido coloca numa saia-justa o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é subordinada. Na semana passada, a Executiva Nacional do PT aprovou convite para o ministro explicar ao partido as ações da PF nas Operações Acrônimo e Lava Jato.
Segundo pessoas próximas ao ministro, Cardozo está disposto a instaurar a investigação sobre o vazamento na Acrônimo, mas teme o desgaste político de ser acusado de agir sob pressão do partido, por causa do convite feito pelo PT.
Fontes do ministério lembram que Cardozo nunca se negou a investigar supostos abusos da PF e chegou a instaurar um procedimento em relação ao vazamento de peças do inquérito que apura a formação de cartel no Metrô de São Paulo a pedido de tucanos, em agosto de 2013.
Fritura
Agora, o ministro que já é alvo de fritura por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por supostamente não controlar as investigações da PF contra o partido, deve entrar também na linha de tiro da oposição – que poderá acusa-lo de pressionar a PF.
A Operação Acrônimo investiga a possibilidade de existência de caixa dois na campanha que elegeu Pimentel no ano passado. A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, é uma das investigadas.
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