A primeira medida de contenção de gastos adotada pelo governador reeleito de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), foi no próprio salário e na remuneração do primeiro escalão. A seu pedido, a Assembleia Legislativa do estado fez a primeira sessão extraordinária do ano na quarta-feira para revogar o aumento aprovado no dia 22 de dezembro, na esteira do reajuste feito pelo Congresso Nacional a seus parlamentares.

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Com a medida, o salário de Anchieta, que a partir deste mês seria de R$ 26,7 mil, foi mantido em R$ 18,6 mil até o mês de julho, quando o reajuste passa a vigorar. Já a remuneração dos secretários caiu de R$ 20 mil para R$ 14 mil. Os vencimentos do vice-governador e dos secretários adjuntos também foram atingidos com o corte.

Na justificativa enviada aos deputados, o governo alegou que o aumento neste momento causaria desequilíbrio nas finanças públicas, uma vez que teria efeito cascata na remuneração de diversas categorias do funcionalismo que têm seus salários vinculados ao do governador. A assessoria do governo não informou o quanto a medida impactaria na economia ao erário.

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Para a oposição, a medida foi um subterfúgio do governo para não conceder o reajuste aos servidores estaduais, que há anos estão com os salários congelados e que começam a se movimentar para reivindicar aumento. "Se economizar, dá para aumentar o salário de todos os servidores públicos numa quantia razoável. Espero que o governo mantenha essa prudência com outras despesas", disse o deputado Mecias de Jesus (PR), líder da oposição na Assembleia.