O governador do Acre, Tião Viana (PT), disse ontem que foi alvo de um complô político e defendeu publicamente os indiciados pela Operação G7 da Polícia Federal, que apontou um suposto esquema de cartel montando para fraudar contratos públicos com a participação de integrantes do primeiro escalão do governo do estado. O governador atacou ainda, sem citar nomes, a Polícia Federal e desembargadores do Tribunal de Justiça.
"Tem famílias inocentes presas politicamente no Acre porque não conseguiram atingir a minha pessoa de governador. Mas pegaram inocentes e colocaram atrás das grades, usando um braço da instituição, que merece respeito", afirmou Viana em um ato público organizado pelo PT e por partidos aliados em frente do Palácio Rio Branco, sede do governo do Acre.
"Não é justo que, em plena vida democrática, prendam pessoas sem dizer porque prenderam. A história do Judiciário brasileiro não é de ódio, não pode ser de manipulação. O sentimento de Justiça não pode ser substituído pelo sentimento de ódio de uma minoria dentro do tribunal", atacou Viana.
Indiretamente, ele se referia à relatora do inquérito, a desembargadora Denise Bonfim, e à vice-presidente do TJ, Cezarinete Angelim, que mandaram o caso para Brasília para análise do Supremo Tribunal Federal (STF). Elas entenderam que a maioria dos magistrados locais eram suspeitos ou inaptos a votar os pedidos de liberdade dos indiciados. Desde o dia 10 de maio, 14 pessoas estão presas, dos 29 indiciados, entre eles, dois secretários de governo.
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Há uma semana, o juiz da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Rio Branco, Anastácio Menezes Filho, acatou um pedido feito em ação popular para que o governo do estado retirasse do ar publicidade veiculada na TV local rebatendo as acusações da PF na Operação G7. A ação popular foi apresentada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
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