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O governador Sérgio Cabral disse nesta terça-feira que pretende ter a ajuda das Forças Armadas no patrulhamento de vias especiais do Rio de Janeiro e por tempo indeterminado. Ele informou que vai discutir o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira.

- Não podemos perder essa guerra para os criminososos. Nós vamos ganhar essa guerra com inteligência e coragem. A idéia é construir uma parceria com as Forças Armadas para o auxílio no patrulhamento de vias especiais, sem prazo para atuação - afirmou Cabral, durante inauguração do emissário submarino da Barra da Tijuca.

O governador, completando cem dias de governo nesta terça, acrescentou, após encontro com parlamentares espanhóis no Palácio Laranjeiras:

- Nós temos no Rio de Janeiro uma presença muito significativa das Forças Armadas. A Marinha tem o seu maior contingente aqui no Rio, o Exército e a Aeronáutica também. Então não tem cabimento nós termos grupos de elite como fuzileiros navais, pára-quedistas e profissionais da segurança extremamente treinados que não possam colaborar com o policiamento nas ruas do Rio de Janeiro. Ainda mais quando temos uma carência de efetivo da Polícia Militar e da Policia Civil.

Na segunda-feira Lula declarou que as Forças Armadas podem intervir no Rio desde que o governador faça o pedido formalmente. O presidente afirmou que "com o maior carinho vamos trabalhar para atendê-lo". A assessoria de imprensa do Palácio Guanabara informou em seguida que estava avaliando como o pedido de participação das Forças Armadas no reforço do patrulhamento das ruas do Rio seria feito ao governo federal.

Antes o ministro da Justiça, Tarso Genro, criticara o pedido do governador do Rio. Para ele, os militares não foram treinados para esse tipo de ação. A sugestão do uso de militares no Rio foi feita pelo governador durante o sepultamento do policial militar assassinado Guaraci de Oliveira da Costa , que trabalhava na segurança de seus filhos . Ele disse que deverá pedir ainda o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública até o início dos jogos do Pan. Com a morte de Guaraci, sobe a 39 o número de policiais militares mortos somente em 2007.

- Eu acho que as Forças Armadas neste momento têm que entrar, a Força Nacional de Segurança Pública tem que entrar. Deve-se discutir porque a Guarda Municipal do Rio não é armada, porque não está apoiando um policiamento mais ostensivo. Eu não vou ficar de braços cruzados - disse Cabral durante o sepultamento do PM.

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