O novo governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), tomou posse na tarde desta quinta-feira (1º) em meio a um anúncio de congelamento de gastos e com promessas de medidas duras contra a crise nas finanças do governo. Sartori vai baixar um decreto que suspenderá por 180 dias o pagamento de restos a pagar, que são despesas assumidas na gestão anterior, do petista Tarso Genro, mas ainda não sacramentadas. Esses gastos se referem a compromissos firmados pelo Estado com fornecedores e empresas privadas. A estimativa é que o total de gastos adiados seja de centenas de milhões de reais. Segundo o novo chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, a medida será tomada por meio de decreto e é necessária para garantir o pagamento dos salários dos servidores nos primeiros meses do mandato. Como não existe certeza se há caixa suficiente para quitar todos os compromissos, disse Biolchi, foi necessário priorizar o pagamento do funcionalismo. No discurso de posse na Assembleia Legislativa, Sartori não mencionou o decreto já anunciado, mas disse que os primeiros dias serão de iniciativas emergenciais. Serão algumas medidas duras, difíceis, mas inadiáveis e fundamentais, disse. Ele afirmou ainda que vai, sim, cortar despesas, mas os gastos ruins, supérfluos. Vamos conversar com o povo gaúcho sobre a crise financeira de maneira transparente e tranquila. Temos o dever de informar e a sociedade tem o direito de saber. O Rio Grande do Sul é, proporcionalmente, o Estado mais endividado do país. Tarso usou recursos de depósitos judiciais para fechar as contas ao longo do governo e enfrentou os deficit nas finanças. Em sua fala, o peemedebista fez críticas indiretas ao governo do PT. Disse que gastar mais do que se arrecada é um pensamento arcaico e que o endividamento insustentável compromete as próximas gerações. Também afirmou que espera contar com a ajuda da presidente Dilma Rousseff para rever o pacto federativo. Tarso, em discurso de despedida no palácio do governo, não comentou as críticas que vêm sendo feitas pelo PMDB e se limitou a afirmar que não é fácil exercer o governo. PROTESTO Na saída do ato na Assembleia, Sartori foi alvo de um protesto de um grupo feminista que critica a extinção da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres. As militantes gritaram machista para o governador e simpatizantes do PMDB responderam com um coro de apoio ao eleito. No momento em que Tarso deixou o palácio, após a transmissão do cargo, militantes do PT fizeram uma manifestação de apoio dentro do saguão e foram vaiados por peemedebistas.
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