A carta de renúncia do governador Roberto Requião (PMDB) foi entregue ontem na Assembleia Legislativa pelo secretário da Casa Civil, Rafael Iatauro. Requião vai se afastar do governo no dia 1.º de abril para disputar uma vaga no Senado e transmite o cargo de governador oficialmente para Orlando Pessuti (PMDB), quinta-feira, às 18 horas, em uma cerimônia na Assembleia.

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Pessuti é pré-candidato a governador nas eleições de outubro deste ano. Pela lei eleitoral, ele pode continuar no cargo de governador para disputar a reeleição, ao contrário de Requião que precisa renunciar para concorrer a um cargo no Senado.

Na carta de despedida, Requião disse ter a certeza "de ter levado a bom termo as propostas de governo, apoiadas, majoritariamente, pelo povo do Paraná, que muito me honrou com seu voto e confiança, inicio agora nova caminhada para abrir maiores e melhores espaços para o estado no cenário nacional."

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No texto, o governador também reafirma "propósito inabalável de continuar lutando por justiça e fraternidade." Ao entregar o documento, Iatauro disse que o entendimento para alguns é que o prazo final para renúncia de candidatos que ocupam cargos no Executivo termina só no dia 3 de abril, mas Requião decidiu antecipar a saída para não correr risco de ferir a legislação eleitoral porque o Diário Oficial não será publicado nos dias 2,3 e 4, feriadão de Páscoa.

Um dos últimos compromissos de Requião como governador será prestar contas do seu governo, no Teatro Guaíra, amanhã. "Ele vai fazer um ba­­­lanço do que prometeu e do que foi possível realizar", adiantou Iatauro.

Secretariado

Os nomes do novo secretariado ainda são mistério. Nem o próprio Rafael Iatauro sabe se vai permanecer na Casa Civil. "Pessuti não disse se fico ou não, tenho certeza que os nomes serão decididos entre ele e o Requião", afirmou.

Segundo Iatauro, nenhum secretário pediu demissão, a não ser aqueles que vão ser candidatos na eleição de outubro e precisam se desincompatibilizar. Na última sexta-feira, Requião assinou a exoneração coletiva de seis secretários de estado e seis diretores.

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Para o chefe a Casa Civil, Pes­­suti representa a continuidade do governo Requião, mas tem estilo próprio e todo o direito de escolher sua própria equipe.