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O governador Roberto Requião (PMDB) comanda hoje, às 11 horas, em Paranaguá, um ato público do movimento "O Porto é Nosso". A expectativa é de reunir mais de 500 lideranças políticas, dirigentes de federações empresariais, sindicatos de trabalhadores e organizações da sociedade civil no protesto contra a federalização dos portos paranaenses.

O governo afirma que a administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está recebendo inúmeras manifestações em defesa do estado.

Requião disse que o mesmo grupo que tentou privatizar a Copel quer agora federalizar o Porto de Paranaguá para, depois, privatizá-lo. Requião alerta que haverá perda de competitividade caso o porto deixe de ser público. "Uma tonelada de grão é exportada no silo público por US$ 1,17, ou R$ 3,35. No sistema privado, a mesma exportação não sai por menos de US$ 7 por tonelada. Este é o efeito da privatização", compara.

Segundo o deputado Rafael Greca, um dos coordenadores do movimento, "a manobra desenvolvida na Câmara Federal é a manifestação descarada de uma postura contra o povo paranaense". O deputado destaca que "embutida" nesta manobra, está o interesse de grupos de outros estados que pretendem escoar suas produções de soja transgênica, o que não é permitido pelo Porto de Paranaguá. Greca lembra ainda que no Paraná apenas pouco mais de 2% dos agricultores plantam transgênicos.

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