Após a conversa com o presidente Lula, o governador Roberto Requião partiu para o gabinete de José Sarney (PMDB) no Senado. Os dois conversaram durante uma hora. O tema central foi a busca de uma liderança que unifique os peemedebistas nas discussões nacionais.
Assim como na segunda parte da audiência com Lula, o deputado federal Rodrigo Rocha Loures também participou do encontro. "Ambos entendem que é necessário que seja feita uma leitura das urnas e que se escolha um líder que fale pelo partido", disse Rocha Loures. "Eles querem encontrar uma figura de consenso."
O deputado neou que o próprio Requião tenha se disposto a assumir essa posição. Segundo ele, os nomes citados na conversa foram os do ministro do Supremo Tribunal Federal, Nélson Jobim, e o do embaixador do Brasil em Portugal, Antônio Paes de Andrade. Ambos tiveram visibilidade na primeira gestão de Lula.
Governador e senador se comprometeram a fazer consultas com outros colegas de partido sobre o assunto. Sobre a participação do PMDB no governo federal, Rocha Loures disse que, por enquanto, a legenda mantém a postura de não aceitar cargos. "Mas queremos fazer parte das discussões de interesse nacional", disse. Na previsão de Lula, esse posicionamento deve começar a mudar nesta semana, quando, além de Requião, o presidente deve receber outros deputados federais e governadores peemedebistas.
No plano estadual, a contrapartida é parecida. Anteontem, o diretório paranaense do PT decidiu que só participará do governo Requião se puder participar da escolha dos nomes do partido. Os petistas querem evitar o que aconteceu na primeira gestão do governador, quando ele nomeou o ex-deputado estadual Padre Roque Zimermann para a Secretaria de Estado das Relações do Trabalho sem consultar a cúpula do partido. (AG)
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Vácuo de poder deixa Síria entre risco de Estado terrorista e remota expectativa de democracia
Deixe sua opinião