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Os governadores Lúcio Alcântara (Ceará) e Cássio Cunha Lima (Paraíba) disseram nesta terça-feira não concordar com a imposição do prefeito José Serra de lançar o seu nome na disputa à presidência sob a condição do partido não estabelecer prévias. Serra disputa com o governador Geraldo Alckmin a indicação do PSDB para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A direção do PSDB anuncia às 15h se decidiu por Serra, Alckmin ou por ampliar a consulta a outras lideranças da legenda.

Em São Paulo para um encontro com o presidente nacional do partido, Tasso Jereissati, os dois governadores passaram parte da manhã na porta do hotel onde Tasso está hospedado, na zona sul de São Paulo. Primeiro a chegar, Cássio Cunha Lima disse que diante das circunstâncias Alckmin tem mais chance de ser indicado.

- O prefeito tem declarado que está à disposição do partido, mas sem concordar com prévias ou qualquer outro mecanismo de consulta. Por outro lado, Alckmin tem mantido a sua candidatura. Preservado isso, teremos o desfecho ainda hoje com o indicado de que Alckmin tem mais chance de ser o escolhido - disse o governador Paraibano.

Partidário da candidatura de Alckmin, o governador da Paraíba justificou a preferência por Alckmin em razão de o governador paulista estar terminando o seu ciclo administrativo, enquanto ainda nas palavras de Cunha Lima o prefeito mal começou a sua gestão em São Paulo. O governo da Paraíba ainda rebateu os argumentos de Serra de que deveria ser indicado pois tem preferência do eleitor, segundo pesquisa de intenção de voto.

- A pesquisa de hoje é um retrato de hoje. E a eleição não é hoje. Não adianta se balizar com pesquisa com tanta antecedência. Pesquisa só dá indicativos de nomes com maior lembrança no imaginário coletivo - disse.

Considerando como ideal o entendimento entre Serra e Alckmin, o governador Lúcio Alcântara considerou mais tolerante a posição de Alckmin em meio ao arrastado processo de escolha do PSDB. Segundo ele, uma candidatura não pode ser imposta.

- É legítimo que o prefeito reivindique ser candidato. Agora, impor critério de escolha já é mais complicado - disse Lúcio Alcântara.

Perguntado se Alckmin ganhou mais fôlego na disputa depois da imposição de Serra, Lúcio foi taxativo:

- Eu acho que Alckmin, nesse particular, está se mostrando mais tolerante porque admite se submeter a um colegiado mais amplo. Cargos como de prefeito, governador e sobretudo presidente ninguém pode se impor como candidato - disse.

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