Em meio a sucessão de denúncias sobre caixa dois e corrupção do valerioduto, participantes do 3º Encontro Nacional da Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de dinheiro aprovaram este domingo um conjunto de medidas de controle de transações financeiras suspeitas.

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Entre as providências sugeridas por representantes da Polícia Federal, Receita Federal, Coaf entre outras instituições está a criação do sistema conhecido pela sigla inglesa Peps, que consiste no acompanhamento permanente da movimentação financeira das pessoas politicamente expostas. Pela proposta, os bancos terão que repassar ao Banco Central e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) todos os registros de movimentações atípicas de ocupantes de cargos-chaves da administração pública, as chamadas Peps.

A partir de agora, uma comissão, coordenada pela Controladoria-Geral da União, deverá definir os critérios de classificação de Peps.

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Pela sugestão do Ministério da Justiça, devem ser consideradas Peps, e portanto alvo de vigilância especial, todas os ocupantes de cargos públicos proeminetes, eletivos ou não, e até mesmo seus familiares mais próximos. Neste grupo estariam incluídos desde vereadores ao presidente da República.

O objetivo é permitir que os órgãos públicos fiscalizem com rigor e reajam com rapidez a desvios de dinheiro público para o patrimônio pessoal de quem deve zelar pelos interesses coletivos. A PEPs já é adotada por bancos internacionais e faz parte de recomendações da Organização das Nações Unidas contra a corrupção no serviço público.

- Há quem diga que se tivéssemos a Peps muito do que se viu no caso da valerioduto teria sido evitado - disse o diretor do Departamento Nacional de Recuperação de Ativos (DRCI),Antenor Madruga.