Um mês depois de o Congresso criar a CPI mista do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a base aliada do governo federal ainda não concluiu a indicação dos integrantes da comissão. Apesar da pressão da oposição para que a CPI seja instalada antes do recesso parlamentar de dezembro, nos bastidores, os governistas reconhecem que a demora nas indicações tem o objetivo de empurrar o começo das investigações para 2010.
Líderes governistas tinham se comprometido a finalizar as indicações na última terça-feira, mas aproveitaram a falta de entendimento com a oposição em torno do comando da CPI para romper o acordo. PMDB, PR e PSOL ainda não apresentaram seus representantes.
Segundo o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), os parlamentares já foram escolhidos, mas só serão oficializados quando os oposicionistas sinalizarem que aceitam as indicações governistas para ocuparem a presidência e relatoria da CPI.
A ideia do governo é emplacar o senador Almeida Lima (PMDB-SE) na presidência e o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) na relatoria. A vice-presidência ficaria com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A oposição, no entanto, resiste ao nome de Almeida Lima, que é considerado integrante da tropa de choque do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros.
O líder do PMDB na Câmara evitou polemizar, mas disse que, se governo e oposição entrarem em consenso, pode confirmar as indicações na próxima semana. Alves avalia que governo e oposição podem fechar um cronograma para que as investigações comecem no ano que vem.
"Pode haver um cronograma deixando as investigações para o ano que vem porque em dezembro temos as discussões do Orçamento e depois vem o recesso", disse.
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