Brasília (AG e Folhapress) A semana que começou negra no Ministério da Fazenda terminou com um pouco mais de tranqüilidade, mas em compasso de espera.
O ministro Antônio Palocci continua irritado e insatisfeito com o comportamento da colega Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, mas agora trabalha com a possibilidade de permanecer no governo.
Nem no ministério alguém arrisca dizer até quando.
Palocci estava determinado a deixar o ministério desde quinta-feira, dia 17, quando chegou a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sair. A situação piorou no fim de semana, com novas declarações de Dilma, em Salvador.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante, foram avisados de que a saída do ministro era quase certa.
Na segunda-feira, Palocci foi, na marra, à cerimônia de sanção da MP do Bem, no Planalto.
Mesmo nessa situação, Palocci voltou ao ministério para se preparar para o depoimento do dia seguinte na comissão de Tributação e Finanças da Câmara dos Deputados.
Preparou-se para responder sobre as acusações que pesam sobre seus companheiros de Ribeirão Preto.
Estava nessa tarefa quando foi chamado por Lula ao Planalto. Tiveram a tal conversa franca, quando o presidente disse que ele ficaria no cargo.
O ministro deve decidir na próxima semana a data em que irá depor na CPI dos Bingos.
O prazo para o comparecimento de Palocci é 10 de dezembro, caso contrário a CPI votará um requerimento de convocação do ministro.
Os integrantes da base aliada trabalham para evitar esta convocação que, na avaliação do governo, seria um constrangimento para Palocci.
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