O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-eira (9) apoiar a negociação travada por executivos da Siemens com o Ministério Público para colaborar com as investigações e tentar evitar punições na área criminal. "Vejo de forma positiva. Nós queremos transparência absoluta, punição exemplar. Tudo o que pudermos ter de transparência de busca de verdade, o governo apoia", afirmou Alckmin.
Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que os seis executivos que ajudaram a multinacional alemã a expor o cartel de empresas que atuou em licitações públicas de trens em São Paulo e Brasília estão negociando um acordo com o órgão. Promotores envolvidos com as investigações desconfiam que funcionários públicos receberam propina das empresas para facilitar a atuação do cartel e acham que os executivos podem contar o que sabem sobre isso se tiverem a promessa de que não sofrerão punição depois.
Barbárie
Alckmin afirmou ainda que a violência observada nos protestos de Sete de Setembro foram "atos de barbárie"."Reafirmamos nosso compromisso de apoiar manifestações. Isso é importante na democracia, mas o que vimos de alguns grupos foram atos de barbárie. Isso não manifestação, é barbárie, violência, crime, depredação, vandalismo, agressão à polícia. Isso é inaceitável", afirmou.As manifestações do Dia da Independência reuniram menos gente, mas registraram proporcionalmente mais detenções nas principais cidades do país, em comparação com os protestos de junho.
No feriado de Sete de Setembro, 335 pessoas foram detidas em 11 capitais. Até domingo, oito continuavam presos em São Paulo.
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