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Mais uma vez o governo federal agiu e evitou ontem a votação, na Comissão Mista de Or­­­­çamento, de requerimento con­­­­vidando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para falar à comissão sobre conjuntura econômica. A oposição pressiona para que Mantega vá ao Congresso dar explicações sobre a troca de comando na Casa da Moeda, mas a orientação do Palácio do Planalto, reafirmada terça-feira, é que seja evitada essa convocação.

O presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB), resgatou requerimento de sua autoria e pretendia votá-lo ontem, mas a discussão sequer foi iniciada, porque não houve quórum – nem o próprio presidente assinou presença e a sessão foi cancelada. Apenas sete deputados deram presença e nenhum senador. Para ser iniciada, a sessão precisa ter pelo menos seis deputados e dois senadores.

Vice-líder do governo no Congresso e representante na Comissão de Orçamento, o deputado Gilmar Machado (PT-MG) marcou presença e, logo em seguida, avisou que a sessão estava cancelada por falta de quórum e nova sessão convocada para o dia 14. Os poucos colegas da base aliada presentes à sessão brincaram com Gilmar porque ele disse que "infelizmente", por falta de quórum, teria que cancelar o encontro.

Servidor de carreira

Ontem, Guido Mantega indicou Francisco de Assis Leme Franco para a presidência da Casa da Moeda. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, o decreto presidencial com a nomeação será pu­­blicado no Diário Oficial da União nos próximos dias.

Ligado a Mantega, Franco é servidor público de carreira e foi secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda de 2007 a 2010. Desde o início do governo Dilma Rousseff, ocupava o cargo de diretor na secretaria-executiva do Ministério do Planejamento.

O caso

A demissão de Luiz Felipe De­­­nucci da Casa da Moeda aconteceu após vir à tona que o ex-presidente da estatal e integrantes de sua família mantinham "offshores" no exterior. Repor­­­­tagem da Folha de S.Paulo revelou que Mantega foi informado sobre as suspeitas de irregularidades há alguns meses.

A indicação de Denucci para o cargo também é controversa. Mantega diz que os padrinhos do ex-titular da Casa da Moeda são deputados do PTB. Já o presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, diz que o partido apenas chancelou a indicação feita pelo ministro.

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