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O governo montou um esquema na Câmara para evitar surpresas e a repetição de derrotas, como as ocorridas na semana passada, e convocou uma tropa de choque para blindar os ministros nas comissões permanentes. A orientação foi transmitida pelo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), aos demais líderes aliados em reunião, nesta terça, durante o almoço. Na semana passada, em meio à falta de controle do governo sobre a base, os deputados aprovaram a convocação da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para uma audiência pública na Comissão de Trabalho.

"Vamos acompanhar as comissões para evitar convocações desnecessárias", afirmou o líder do PT, Jilmar Tatto (SP). Ele argumentou que os ministros são sempre "solícitos" e estão dispostos a participar de debates nas comissões quando são convidados. A convocação, disse Tatto, chega a ser "algo como falta de educação" com os ministros.

Na reunião com a base, Chinaglia afirmou que não pode haver surpresas para o governo. Ele disse aos aliados que se alguém da base pretende dar um recado a um determinado ministro, deve procurá-lo ou falar com o líder da bancada, mas não fazer o jogo da oposição. O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), um dos principais articuladores da convocação da ministra Miriam Belchior reagiu. "Comecei a exercitar a oposição", disse, segundo relataram os presentes.

A orientação do governo é que nesta quarta-feira, quando há reuniões das comissões permanentes na Câmara, líderes e vice-líderes montem guarda para não permitir a aprovação de requerimentos de convocação de ministros.

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