O governo comemorou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. De acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o crescimento da economia "foi jóia". A equipe econômica e o Palácio do Planalto já esperavam aceleração do crescimento, mas o número trimestral de 1,4% ficou acima dos cenários discutidos no início deste mês em reunião ministerial, quando se esperava algo em torno de 1%.
- O presidente achou jóia, bacana - afirmou Paulo Bernardo.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, confirmou que o PIB ficou acima do esperado e que tudo está apontando para um crescimento superior a 4% no fim do ano. Segundo ele, o crescimento do PIB ao longo do segundo semestre vai se dar principalmente em razão do aquecimento do mercado interno e das exportações. Indagado sobre como o mercado interno, que não está muito aquecido, poderia contribuir com o PIB, Furlan citou o reajuste do salário-mínimo e a expectativa de queda dos juros a partir de setembro pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, disse que o crescimento de 1,4% é resultado de uma combinação de crédito com a conjuntura favorável ao investimento. Ele disse que a economia está crescendo e estão surgindo novos mercados e possibilidades de negócios e afirmou que a crise política pode não afetar o crescimento do PIB.
- Pode nem afetar - afirmou.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, classificou os números divulgados pelo IBGE de "positivos e auspiciosos":
- Os dados nos autorizam a manter a previsão de que o crescimento do PIB será superior a 3% e o desempenho da indústria poderá ficar próximo a 5% neste ano - afirmou.
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