Os cerca de 3 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que ocupam, desde a tarde de segunda-feira, 11, a área externa da Secretaria Estadual de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia (Seagri) receberam, do governo baiano, 30 banheiros químicos, dois banheiros com chuveiros, quatro toldos e estão sendo abastecidas de carne e verduras durante a ocupação.
De acordo com a assessoria da Seagri, o grupo de manifestantes - que conta com grande quantidade de mulheres e crianças - havia pedido ajuda ao governo já na primeira noite, quando cerca de 1 5 mil sem-terra montavam acampamento no local. De acordo com o MST, os integrantes do movimento tinham levado arroz e feijão ao acampamento, mas não tinham carne, nem acesso a banheiros.
O pedido foi levado pela Seagri à análise do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) e à Procuradoria-Geral do Estado, sob o argumento de que o Estado precisava "garantir a preservação do patrimônio público e a dignidade das pessoas". O pedido não foi vetado e o governo instalou os banheiros químicos e passou a doar, segundo dados da assessoria, cerca de 600 quilos de carne por dia aos sem-terra.
A decisão pelo apoio aos manifestantes está sendo defendida pela base aliada a Jaques Wagner na Assembleia Legislativa. O líder do partido na Casa, Zé Neto, por exemplo, chegou a afirmar que é melhor, para a imagem do governo, acolher os sem-terra do que tratá-los com violência pela ocupação. "Eles não são nossos adversários", argumenta. O vice-presidente do DEM na Bahia, principal opositor ao governo, Heraldo Rocha, por outro lado, compara as "regalias" dadas ao MST com a falta de medicamentos nos hospitais baianos. "O governo precisa avaliar melhor suas prioridades".
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