Por diferença de apenas uma assinatura, o governo conseguiu no final da noite desta quinta-feira derrubar a prorrogação da CPI dos Correios de 11 de dezembro para 11 de abril do ano que vem.
O rolo compressor governista despejou em poucas horas 64 pedidos de retirada de assinaturas de parlamentares de partidos aliados. De 214 assinaturas apoiando a prorrogação até as 20h12 minutos, restaram 170 poucos minutos antes da meia-noite. Para que a prorrogação fosse aprovada, era preciso 171 assinaturas de deputados e de 27 senadores. Só os deputados retiraram as assinaturas. No Senado foram mantidas as 35 assinaturas.
Às 23h59m, o líder do PSDB, Alberto Goldman (SP) entregou exatamente 21 requerimentos de adesâo, mas uma, do deputado João Campos, era repetida e não pôde ser contabilizada.
- O que o governo deu para essa gente retirar as assinaturas? Com certeza muito carinho - ironizou Goldman.
O secretário geral da Mesa, Raimundo Carreiro, recusou ainda três assinaturas de retirada do PMDM, porque nâo eram originais. Outras duas foram recebidas sob condição. Mas todos os pedidos de retirada e de acréscimo ainda dependem de conferência de repetição ou irregularidade.
Dos partidos da base, os que mais atenderem aos apelos do líder Arlindo Chinaglia (PT-SP) foram o PTB, que retirou 10 das 11 assinaturas, o PMDB, 21 de 32, o PP, que retirou 13 das 19 e o PL e o PSB, que retiraram quatro de cinco assinaturas cada um. Dois pefelistas, Lael Varela (MG) e Joaquim Francisco (PE) também atenderam aos apelos do governo. A oposição tem esperança de que algum requerimento governista ainda esteja errado ou repetido e pediu recontagem dos votos.
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