De acordo com as ordens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo começou neste mês a descontar os dias não trabalhados de funcionários públicos em greve. A medida atingiu 3.133 servidores do Ibama e do Incra, que tiveram cortes nos salários de junho em razão das greves das duas categorias, iniciadas em maio. Os servidores do Ibama conseguiram nesta terça-feira uma liminar suspendo a punição, mas já haviam sido descontados. O governo vai recorrer e avisou que não irá emitir uma folha de pagamento suplementar. Já servidores do Incra em quatro estados conseguiram impedir a tempo na Justiça o corte dos salários.
A ordem de cortar o ponto dos grevistas não foi cumprida pelo Ministério da Cultura e pelas universidades federais, cujos servidores também estão em greve. No Ibama, dos 5.800 servidores, 2.512 tiveram corte salarial de 17 dias. O desconto só foi feito sobre o salário de junho porque a folha do mês anterior já havia sido paga. Os servidores paralisaram suas atividades em protesto contra a medida provisória 366, que divide o órgão, transferindo funcionários e infra-estrutura para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e para o Serviço Florestal Brasileiro.
No Incra, 621 servidores tiveram o ponto cortado. Foram descontados nove dias de salário, referentes ao mês de maio. Superintendências do Incra no Ceará, Santa Catarina, Maranhão e Sergipe também conseguiram liminares na Justiça, estes a tempo de livrar os servidores da punição. A Superintendência do Distrito Federal também ganhou liminar, mas o desconto já havia sido feito. Os servidores do Incra estão em greve desde 21 de maio, reivindicando aumento salarial, reestruturação da carreira e concurso para contratação de pessoal.
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Maduro sugere uso de tropas do Brasil para “libertação” de Porto Rico
Deixe sua opinião