Mesmo com a estratégia de melhorar a comunicação com a população e de explicar os ajustes feitos na economia, a reprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) continua expressiva. Segundo pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira (1.º), 64% da população considera o governo ruim ou péssimo, e 74% dizem não confiar na presidente.
Em dezembro, quando a última pesquisa CNI-Ibope foi divulgada, Dilma teve 40% de aprovação e 27% de reprovação. Agora, apenas 12% dos entrevistados avaliaram o governo positivamente, e 23% o consideraram regular.
Já a reprovação da maneira de governar da presidente também aumentou expressivamente, chegando a 78% da população. Apenas 19% dos entrevistados aprovam a maneira da petista governar. Em dezembro, essa aprovação era de 52%. A confiança em seu governo também despencou. A pesquisa mostra que apenas 24% confiam na presidente, enquanto 74% dizem não confiar.
Repercussão
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a fotografia do momento “não é boa”, mas que o filme do segundo mandato de Dilma será “muito bom”. “O governo tem de ter humildade, trabalho, trabalho e trabalho. Nosso compromisso é com quatro anos – e três meses de governo é o início de um processo. A fotografia não é boa, mas o filme vai ser muito bom”, avaliou Mercadante, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
“A pesquisa é um indicador que a gente tem de olhar como fotografia, exige do governo mais trabalho, mais atenção e especialmente um caminho sólido para a retomada do crescimento”, disse o ministro.
Já para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), Dilma “está colhendo os frutos das mentiras que plantou durante a campanha e das que disseminou por meio da propaganda maciça feita pelo seu governo às custas dos contribuintes”. “Ela chega ao final do terceiro mês de um mandato de 48 [meses] sem apoio e sem a confiança da grande maioria dos brasileiros, isolada politicamente”, afirmou Sampaio.
O senador petista Paulo Paim (RS), por sua vez, chamou de “constrangedora” a postura do governo após as eleições. “Não reconhecer isso seria dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia até a tempestade passar”, disse.
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