O governo não quer a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras envolvida na investigação da suspeita levantada pela ex-secretária da Receita Lina Vieira, de que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria lhe pedido para "agilizar a fiscalização do filho do Sarney". E também não aceitará a convocação de Dilma para explicar um assunto que, para a assessoria dela, "é de palavra contra palavra". No domingo (9), a assessoria da ministra afirmou que "não houve reunião" entre Dilma e Lina e que "jamais a ministra fez tal pedido". Para o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, "é preciso que as coisas sejam despartidarizadas" na comissão.
Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", Lina disse que a solicitação teria sido feita em reunião no Planalto, depois de o juiz Ney Bello Filho, da 1ª Vara Federal do Maranhão, ter autorizado uma ampliação das investigações da Operação Boi Barrica. Lina afirmou que entendeu o pedido de Dilma como um recado "para encerrar" as investigações.
Múcio disse que esse assunto não pode politizar a CPI da Petrobras. "Conhecendo a ministra Dilma como conheço, não acredito que ela tenha feito tal pedido." Para ele, "está aberta a temporada de ressentimentos e denuncismo". "Os assuntos políticos já foram separados. A CPI da Petrobras vai ser esclarecedora, mas é preciso despolitizar e 'desemocionalizar' os temas."
STF e governistas intensificam ataques para desgastar Tarcísio como rival de Lula em 2026
Governo e estatais patrocinam evento que ataca agronegócio como “modelo da morte”
Pacote fiscal pífio leva Copom a adotar o torniquete monetário
Por que o grupo de advogados de esquerda Prerrogativas fez festa para adular Janja