O governador Beto Richa (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira (16), que o governo vai adiantar uma parcela do 13.º salário dos servidores estaduais. Segundo Richa, 50% da remuneração do funcionalismo será depositado no dia 30 de novembro. O adiantamento representará um desembolso de R$ 800 milhões para o caixa do estado. No total, 280 mil servidores ativos, inativos e pensionistas vão receber o 13.º antecipado. De acordo com a Secretaria da Administração e da Previdência, a segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro, data limite para que o pagamento seja feito.
O anúncio, que foi feito no Palácio Iguaçu, acontece em meio à negociação do pagamento de reajuste geral e progressões e promoções ao funcionalismo estadual. Em um documento sobre as finanças estaduais enviado aos servidores por e-mail, o governo apontou que sete estados estariam sem recurso para o pagamento do 13.º e outros 12 estariam parcelando ou atrasando o pagamento mensal dos funcionários públicos.
“Porque fizemos a lição de casa temos condições hoje de valorizar os nossos servidores e investir para que o estado continue crescendo e garantindo cada vez mais destaque no cenário nacional”, disse o governador Beto Richa, afirmando que a medida também evidencia a saúde financeira do Paraná.
Nos últimos anos, o Governo do Estado pagou o 13.º salário do funcionalismo até a data limite fixada por lei. Em 2013, o pagamento foi feito no dia 18 de dezembro. Em 2014, o pagamento foi realizado um dia antes do limite, no dia 19. Em 2015, o pagamento foi depositado no dia 10 de dezembro.
Estados pedem ajuda da União
O pagamento dos 13.º salários dos funcionários públicos tem sido motivo de dor de cabeça para vários governadores de vários estados pelo país, que cobram do Palácio do Planalto uma solução para o problema. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte estão com dificuldades de pagar as despesas e tentam aprovar pacotes de austeridade para sanear as contas. Minas Gerais e Distrito Federal também tiveram que atrasar ou parcelar o pagamento dos salários nos últimos meses.
A União afirma que o problema fiscal é uma questão “estrutural”, mas não descarta uma solução política para ajudar os estados, que temem um clima de pessimismo, já que o mês de dezembro costuma aquecer a economia.
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