A vinda do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a Curitiba já tem data marcada e programação agendada pelo governo do Paraná. A expectativa é que o líder venezuelano passe pela capital no próximo dia 21, feriado de Tiradentes, e se reúna com o governador Roberto Requião e empresários paranaenses. Segundo a embaixada da Venezuela, porém, a visita de Chávez ao Brasil ainda não foi confirmada e só será acertada em cima da hora.

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Caso se confirme, a passagem do presidente venezuelano pelo estado será meteórica. Chávez virá para Curitiba direto da Argentina, onde participará de um evento, permanecendo em solo brasileiro por seis horas, tempo suficiente para causar o rebuliço que sempre o segue por causa de suas posições polêmicas.

A visita seria uma retribuição à presença de Requião na Venezuela, em novembro do ano passado, quando liderou a missão governamental e empresarial do Paraná naquele país.

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O cerimonial do Palácio Iguaçu está organizando uma recepção para Chávez, com a presença do governador Roberto Requião, seguida de um almoço. De acordo com a programação, ele também participa do fechamento de uma missão comercial com empresários venezuelanos, que chegam ao Paraná dois dias antes, no dia 19.

A expectativa inicial do governo era poder contar com Chávez por dois dias em Curitiba. O secretário do estado da Comunicação, Airton Pissetti, pretendia levar o presidente venezuelano à Escola Latino Americana de Agroecologia, na Lapa. A instituição foi criada no ano passado em parceria entre os governos da Venezuela e do Paraná, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Via Campesina Internacional e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os organizadores da missão empresarial, coordenada pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do Paraná, no entanto, prevêem que não haverá tempo suficiente para os planos de Pissetti.

O grupo que vem a Curitiba é formado por 40 empresários venezuelanos que pretendem estreitar a relação comercial entre os dois países. Empresários paranaenses estão sendo convidados para participar de encontros com o grupo.

Chávez deve dar um tom mais político do que econômico para o encerramento da missão. Ele vai se encontrar com Roberto Requião, que já foi comparado pela imprensa nacional com o líder venezuelano por ter posições parecidas, principalmente na defesa do nacionalismo e contra o liberalismo econômico. Durante sua visita à Venezuela, ao lado de Chávez, Requião fez declarações sobre o liberalismo econômico que, segundo ele, impõe suas idéias sobre os países latino-americanos. A adida comercial da Venezuela em Brasília, Luz Emília Toledo, não dá certeza sobre a a vinda de Chávez a Curitiba, mas confirma que, se vier, passará apenas pelo Paraná. De acordo com ela, o líder venezuelano não tem, dessa vez, encontro marcado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.