Despesas
R$ 21,8 milhões foram gastos pelo governo em 2003 com cartões corporativos. Foi o ano com menor gasto.
R$ 50,5 milhões foram gastos em 2005, o ano com maior despesa, segundo a oposição.
A bancada aliada do governador Roberto Requião (PMDB) na Assembléia Legislativa prometeu apresentar hoje um relatório parcial dos gastos do governo com cartões corporativos. A intenção é tentar neutralizar as críticas da oposição, que voltou ontem a denunciar despesas consideradas excessivas em viagens de servidores públicos estaduais. Segundo o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), o governo teria gasto R$ 150 milhões em quatro anos com os cartões.
O vice-líder do governo, Cleiton Kielse (PMDB), disse que vai prestar esclarecimentos hoje sobre os valores das despesas com viagens, alimentação e hospedagem dos servidores públicos.
Na segunda-feira, a oposição apresentou requerimentos pedindo ao governo informações detalhadas sobre as despesas, mas o líder do governo em exercício na sessão, Cleiton Kielse, fez um acordo com a oposição para a retirada dos pedidos. Em troca, apresentaria detalhes sobre como e onde foi gasto o dinheiro.
Segundo Valdir Rossoni, os gastos do governo vêm aumentando desde 2003 e não estão detalhados no site oficial do Executivo, Gestão do Dinheiro Público, onde é divulgado apenas o valor total das despesas de cada secretaria. O deputado afirma que ninguém sabe onde o dinheiro foi gasto, quais funcionários viajaram às custas do estado, para onde foram e qual era a finalidade das viagens. "Eles têm medo de falar em cartões porque existe uma caixa-preta", disse.
No primeiro ano de governo, disse Rossoni, foram gastos R$ 21,8 milhões. Em 2004, R$ 29,6 milhões. Em 2005, as despesas aumentaram para R$ 50,5 milhões. Em 2006, caíram para R$ 47,9 milhões. E, de janeiro a agosto deste ano, gastou-se R$ 18,8 milhões. O deputado defende que o Tribunal de Contas investigue as despesas.
O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), acusou a oposição de não ter o que fazer e lembrou que o cartão corporativo foi uma "inovação" do governo Jaime Lerner.
Ao assumir o Palácio Iguaçu, o deputado disse que Requião acabou com uma "indústria da diária fria" que funcionava nos órgãos públicos. "Agora, o cartão é absolutamente transparente, tem controle. O servidor gasta e tem que comprovar as despesas com notas fiscais", disse Romanelli. Segundo ele, o valor gasto com diárias é insignificante perto de um orçamento anual do governo de R$ 17,8 bilhões. Romanelli ainda assegurou que o governo Requião foi o primeiro a colocar todos os gastos e informações sobre a administração estadual na internet.
Sobre o pedido detalhado de gastos do governo com os cartões, Romanelli afirmou que seria necessária uma carreta para transportar tanto documento e sinalizou que não há condições de apresentar tudo o que a oposição pede.
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