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Aprovação do parecer pela cassação de Cunha no Conselho de Ética teve comemoração | Wilson Dias/Agência Brasil
Aprovação do parecer pela cassação de Cunha no Conselho de Ética teve comemoração| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O governo interino se surpreendeu com a aprovação do parecer favorável à cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo Conselho de Ética da Câmara e teme que o resultado paralise as votações cruciais para o governo na Casa.

Por 11 votos a 9, o colegiado aprovou nesta terça-feira (14) o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), para quem não faltam provas de que Cunha quebrou o decoro parlamentar ao omitir a existência de contas no exterior que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), foram abastecidas em parte com dinheiro do petrolão.

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Segundo auxiliares do presidente interino Michel Temer é “crucial” para o governo que um novo presidente da Câmara seja escolhido o quanto antes para que as ações no Legislativo “andem mais naturalmente”.

O problema, ponderam os assessores de Temer, é que os nomes favoritos do Planalto para o posto, como os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO), não querem assumir um “mandato tampão” até fevereiro de 2017, quando haveria nova eleição para o comando da Casa - o mandato regular é de dois anos.

Ainda de acordo com aliados de Temer, uma saída para Cunha seria renunciar à presidência da Câmara para tentar salvar seu mandato. Nesse acordo, os deputados aprovariam uma pena mais branda ao peemedebista, mas Cunha tem rechaçado a ideia.

O voto dado pela deputada Tia Eron (PRB-BA) também causou surpresa no Planalto. Ela sofreu intensa pressão de seu partido nos últimos dias para votar a favor de Cunha, faltou à sessão de votação na semana passada e era considerada apoio certo para salvar o mandato do peemedebista.

Cunha só perderá o mandato, porém, caso o plenário da Câmara confirme o parecer do Conselho com o voto de pelo menos 257 dos seus 512 colegas. A votação é aberta e ainda não tem data para ser realizada.

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