Atualizado em 18/12/2006, às 18h31
A avaliação do governo Lula subiu oito pontos entre setembro e dezembro, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira. O percentual de entrevistados que consideram o governo ótimo e bom subiu de 49% para 57%, enquanto o de pessoas que consideram o governo regular caiu de 33% para 28% e o índice dos que dão nota ruim ou péssimo caiu de 16% para 13%.
O governo Lula, segundo os dados da pesquisa, encerra seu primeiro mandato com a melhor avaliação de toda a série, com a nota média de 7. Pesquisa Datafolha divulgada domingo mostrou que a avaliação de Lula foi a melhor já dada a um presidente no Brasil.
O levantamento foi realizado no período de 7 a 10 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Nota do governo sobe para 7
A aprovação do governo também subiu, pulando de 62% em setembro para 71% em dezembro, enquanto a desaprovação caiu de 32% para 23% entre as duas pesquisas. Não sabem ou não responderam somam apenas 6%. De acordo com a pesquisa, a aprovação teve crescimento em todos os segmentos, mais significativamente no Sul e entre os entrevistados com maior escolaridade.
Ainda de acordo com a pesquisa, a confiança no presidente Lula cresceu 10 pontos percentuais entre setembro e dezembro, passando de 58% para 68%. Já o percentual dos que não confiam no presidente caiu de 38% para 28%. Segundo análise da consultoria MDI estratégia, no intervalo de três meses, marcado pela campanha eleitoral, a confiança no presidente teve crescimento "expressivo".
A nota média dada ao governo Lula subiu de 6,6, em setembro, para 7, em dezembro. A nota mais baixa tinha sido em dezembro de 2005, de 5,4, no auge do desgaste provocado pelo escândalo do mensalão.
Quanto às expectativas para o segundo mandato, para 68% dos entrevistados será ótimo ou bom. Os que esperam um governo regular somam 17% e ruim e péssimo, 11%. Comparando os dois mandatos de Lula, 57% acreditam que o segundo será melhor, outros 28% acham que será igual e 11%, pior.
Maioria é contra voto obrigatório
Para 54% dos entrevistados pela pesquisa CNI/Ibope, o voto não deveria ser obrigatório, contra 45% que são a favor. Ao tratar da reforma política, 77% dos entrevistados disseram ser contra o financiamento público de campanhas, contra apenas 16% que são a favor. Outros 7% não souberam responder. Quanto à fidelidade partidária, 52% são a favor e 37% não vêem motivo para restringir a troca de partidos. A reeleição é aprovada por 58% dos entrevistados, contra 38% que acham que deveria acabar.
Consultados sobre a valorização do voto, 51% dos entrevistados afirmaram que o voto pode melhorar a vida das pessoas e 47% disseram que, independentemente do voto, a vida das pessoas continua igual ou muda por outras razões que não têm a ver com o voto.
Brasileiros estão satisfeitos com suas vidas
A pesquisa mostra ainda que os brasileiros estão bastante satisfeitos com suas vidas: 76% disseram estar satisfeitos, 7% disseram estar muito satisfeitos, 15%, insatisfeitos, e apenas 1%, muito insatisfeitos.
Os 2.002 entrevistados também foram consultados sobre suas expectativas para os próximos seis meses. Para 41%, a inflação vai aumentar, enquanto 19% dizem que vai diminuir e 33% apostam que não vai mudar. Para 42%, o desemprego vai aumentar, para 31% vai diminuir e para 23% não vai mudar. Para 38%, a renda geral da população vai aumentar, para 17% vai diminuir e para 38% não vai mudar. Já na consulta sobre a renda individual, 43% acham que ela vai aumentar, 10% acham que vai cair e 41%, que não haverá mudança.
A maioria dos entrevitados considera que 2006 foi um bom ano. Para 72%, o ano foi bom, para 7% foi muito bom, para 14%, ruim, e para 6%, muito ruim. Quanto à expectativa para 2007, 43% acreditam que será muito bom, 46% apostam que será bom, 3%, que será ruim, e 2%, que será muito ruim.
Consultados sobre a educação brasileira, 30% dos entrevistados deram nota ótimo e bom, 42% deram nota regular e 27% ruim e péssimo. Para 36% dos entrevistados, a educação no país evoluiu, outros 44% acham que não houve mudança e 18% disseram que piorou.