O governo do estado ainda não explicou oficialmente os motivos que levaram a secretária da Educação Yvelise Arco-Verde a abandonar o cargo na última sexta-feira. Yvelise, que comandava a pasta desde 2008, foi substituída interinamente por Altevir Rocha de Andrade, que decretou silêncio sobre o assunto por enquanto. A direção-geral da Secretaria deve se reunir hoje com o governador Orlando Pessuti (PMDB). E é só depois dessa conversa, na qual deve ser definido se o atual responsável pela pasta fica no cargo nos últimos 40 dias de mandato, que Altevir deve se pronunciar.
A professora Yvelise, que ocupou a chefia da secretaria por dois anos e quatro meses, também não foi encontrada para comentar o motivo da saída. Em carta, publicada no site do órgão, a ex-secretária alega problemas pessoais para deixar o cargo, sem dar nenhuma explicação mais clara sobre o tema.
"Por razões de ordem pessoal, pedi, hoje [sexta], ao Governador do Estado, meu desligamento do cargo de Secretária de Estado da Educação. Saio com a consciência tranquila de um longo e profícuo trabalho cumprido. Orgulho-me de ter o Estado do Paraná como referência nacional na área da Educação", diz a carta.
A especulação é que o pedido de demissão se deu por causa da concessão de sete mil licenças-prêmio e da contratação de três mil de professores substitutos. Os atos teriam sido realizados sem a autorização prévia do governador e gerariam uma despesa extra de R$ 15 milhões. A assessoria de imprensa do governador também informou que Pessuti não tem uma definição de nome para o cargo até o momento.
Yvelise Arco-Verde, doutora em Educação e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), assumiu o cargo se secretária depois de ocupar, por cinco anos e meio, a superintendência da pasta, durante a gestão de Maurício Requião. Ela ficou como titular depois que Maurício foi indicado pelo irmão, o então governador Roberto Requião (PMDB), para ocupar o posto de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado.
Foi durante a gestão dela que foi descoberta uma fraude na Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sedu), antiga Fundepar, que envolvia funcionários do alto escalão. O esquema era destinado ao desvio das diárias de supostas viagens de servidores. Uma investigação da Secretaria Especial da Ouvidoria e Corregedoria do Estado desvendou a fraude em junho deste ano e, na ocasião, apurou-se que o rombo ultrapassava os R$ 560 milhões.
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