O governo de Beto Richa (PSDB) começou a semana com uma base de 48 deputados estaduais, maioria avassaladora dentro da Assembleia. Aprovar qualquer coisa parecia uma barbada. Não é mais.
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A pressão dos professores, da população em geral, afetada pela greve, e o noticiário amplamente desfavorável levou a base a encolher rapidamente. Na sessão da terça-feira, já houve 13 defecções. O governo aprovou o requerimento de comissão geral por 34 a 19. Isso foi antes da ocupação do plenário.
Ontem, sem qualquer votação importante em pauta, já que o requerimento de comissão geral e os projetos do "pacotaço" só voltam à ordem do dia hoje, houve mais uma deserção. Palozi, do PSC, afirmou que, do jeito que as coisas estão, "não tem condições" de votar a favor do governo.
A margem de manobra do governo encolheu visivelmente. Para aprovar o pacote, precisa de 27 votos, no mínimo. Com 33, tem apenas seis deputados a mais do que o necessário. A partir de agora, cada um que faltar, que mudar de lado, fará falta.
Sabendo disso, é de se imaginar que o poder de barganha aumente rapidamente. Sob o risco de mais baixas na base, o governo poderá ter de ceder cada vez mais. E a vitória no plenário, caso venha, poderá ter alto custo político para Richa.
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