A realização da Copa do Mundo de 2014, e das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, tem de ter um tratamento especial e o governo federal pode até decidir fazer um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a realização das obras necessárias, segundo afirmou nesta quinta-feira (8) a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
"Podemos até chamar um PAC para as olimpíadas e um para a Copa. Para a Copa, a parte do RJ já integra o PAC das Olimpídas. Vamos ter, sem sombra de dúvidas, necessidade de fazer isso: uma série de obras que tem de ser previstas e executadas", disse a ministra a jornalistas.
Ao realizar um balanço do PAC nesta quinta-feira, o governo federal informou que, do total de R$ 635 bilhões previstos para o programa, R$ 338,4 bilhões em investimentos foram "realizados" de janeiro de 2007 até agosto deste ano, o equivalente a 53,6% do previsto.
Segundo ela, as Olimpídas tem "significado histórico". "É um momento de congraçamento do mundo essa celebração. Hoje, queremos que seja também a celebração do Brasil. De termos deixado de sermos o país do futuro e sermos o país do presente", acrescentou.
A ministra Dilma Rousseff disse ainda achar que, englobando todas as instâncias governamentais (governo, estados e municípios envolvidos), haverá condições totais de ter uma "efetiva política" de investimento que contemplem as diferentes áreas: turismo, mobilidade urbana e equipamentos esportivos.
"O governo federal, junto com governos estaduais e municipais, vai ter de ter uma política específica de esportes. Para mobilizar a sociedade para que possamos ter um maior número de atletas e deixarmos um legado em termos de desenvolvimento humano", disse a ministra-chefe da Casa Civil.
Ela avaliou ainda que, tanto para a Copa quanto as Olimpíadas, a questão estratégica seria a chegada nas cidades (portos, aeroporto e rodovias). "A entrada da cidade e a relação com os hotéis. Demos prioridade um aos aeroportos. O Galeão tem dupla prioridade por ser a entrada para a copa no Rio de Janeiro e, depois, para as Olimpíadas", disse ela.
Acrescentou o trem de alta velocidade também será importante, pois vai permitir uma outra entrada, no Rio de Janeiro, por meio de São Paulo. "Tudo isso o governo ainda vai considerar. Isso é uma prévia. Estamos nos preparando para ter essa posição do governo federal, mas ter uma relação com os governos dos estados e municípios", concluiu.