O governo optou em não propor nenhuma alteração no texto aprovado pela Câmara no dia 2 de março no caso da proposta de capitalização da Petrobras. Se os senadores aprovarem o relatório de Delcídio Amaral (PT-MS) como apresentado, a matéria poderá ir diretamente para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, resolvendo assim o problema da Petrobras, que corre contra o relógio para tentar lançar a oferta de novas ações antes do início das férias de verão do Hemisfério Norte.
O projeto prevê que o governo irá ceder, onerosamente, 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal para a Petrobras. Ao mesmo tempo, a empresa fará uma oferta global de ações que poderá movimentar cerca de US$ 25 bilhões, o que poderá representar a maior captação de recursos por meio de oferta de novas ações do mundo este ano. A pressão pela aprovação do projeto no Senado contou nas últimas semanas até mesmo com o presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, que esteve na Casa conversando com vários senadores.
A votação dos dois projetos - capitalização e o que cria o Fundo Social e estabelece o modelo de partilha na exploração do pré-sal - pode ser concluída somente na madrugada de amanhã. Apesar da oposição ter reafirmado o compromisso de não obstruir, os senadores prometem um longo debate sobre as propostas. A conclusão do processo de votação no Senado das propostas que formam o marco regulatório acontece na próxima semana, quando os senadores vão avaliar a criação da Petro-Sal, estatal que ficará responsável pela gestão dos contratos de partilha.
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