O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, disse nesta quarta-feira que a proposta do governo que será apresentada às centrais sindicais, nesta quinta, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá contemplar um salário-mínimo de R$ 350 a partir de maio e correção de 7% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. A antecipação do reajuste do mínimo para março, segundo o ministro, está fora de discussão por causa do impacto no Orçamento.
- Cada mês que inclui tem uma conta - disse o ministro, acrescentado que a diferença entre o valor do mínimo inicialmente proposto pelo governo ao mandar a proposta de Orçamento para o Congresso e o atualmente negociado chega a 8%. É um ganho substantivo. Acontece que as pessoas ainda trabalham com inflação - afirmou.
Antes da reunião com o presidente Lula, representantes das centrais sindicais deverão se encontrar com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para discutir a proposta de reajuste. Também são esperados para essa reunião os ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral), Nelson Machado (Previdência), Antonio Palocci (Fazenda), Dilma Roussef (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento).
Pelos trabalhadores devem participar representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Social Democracia Sindical (SDS), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), Central Geral dos Trabalhadores (CGT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
As centrais sindicais já informaram nesta terça-feira, no entanto, que só abrem mão da antecipação do reajuste do mínimo de maio para março se o valor for fixado em R$ 360. Caso contrário, insistirão na proposta de R$ 350 a partir de março. Os representantes dos trabalhadores já descartaram a proposta do governo, de pagar o mínimo de R$ 340 a partir de março.
- Não vamos aceitar este número. Demos para o governo duas alternativas - afirma o presidente da CUT, João Felício.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também não aceita a proposta do Planalto.
- Reiteramos a decisão de cobrar do governo o valor do salário-mínimo de R$ 350 e a antecipação do pagamento para março deste ano.
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