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O governo federal arrecadou R$ 2,6 milhões com leilões de imóveis que pertenciam à quadrilha da fraudadora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Jorgina de Freitas. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira pela Advocacia-Geral da União (AGU), que entrou com ações para reparação do dano financeiro causado pelos desvios do INSS pela quadrilha da ex-advogada.

De acordo com a AGU, nos últimos 10 leilões de imóveis de integrantes do grupo foram arrematadas seis salas comerciais, um apartamento em Duque de Caxias/RJ, seis lotes de uma Fazenda localizada no município de Santana do Deserto/MG, uma casa e um terreno em Rio das Ostras/RJ. Até agora já foram leiloados mais de 170 imóveis, outros 253 aguardam avaliação e homologação para também serem leiloados.

O escândalo foi descoberto em março de 1991, com a divulgação de uma lista de beneficiários de milionárias indenizações, obtidas por fraudes aplicadas por advogados. Jorgina e o contador judicial Carlos Alberto Mello dos Santos foram condenados a devolver ao INSS mais de R$ 200 milhões, referentes ao pagamento de ação acidentária fraudulenta. A fraude consistia em desviar mais de 50% de toda a arrecadação do INSS à época e repassá-la a um segurado, por meio de "acordo administrativo".

O governo espera superar o montante de R$ 150 milhões com a recuperação das verbas desviadas aos cofres do INSS. O valor englobaria todos os leilões de imóveis, ouro, repatriamento de dólares e aluguéis obtidos por meio da administração dos bens alcançados até os dias de hoje.

Condenada a 14 anos de prisão, em 1992, pelo TJ do Rio, Jorgina ficou foragida até 1997, quando foi encontrada na Costa Rica e extraditada no ano seguinte para o Brasil. Em junho de 2010, uma sentença declarou extinta a pena privativa de liberdade de Jorgina pelo seu integral cumprimento e ela conseguiu a liberdade.

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