Ultrapassada nas pesquisas de intenção de voto pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM), a candidata do PT Marta Suplicy recebeu apoio maciço do governo federal para tentar reverter o quadro. Na quinta-feira, 11 ministros declararam apoio a ela. Ontem, ela participou de um evento em que o próprio presidente Lula pediu votos à petista.
Durante evento com evangélicos em São Paulo, Lula pediu que a Marta seja eleita e avaliou que ela tem sido "vítima de preconceito". "Estou convencido de que esta mulher sofreu uma campanha de preconceito nessa cidade justamente pelas coisas boas que fez", atacou Lula, reforçando que ele próprio foi vítima de preconceito diversas vezes em sua vida. "Eu lembro quantas infâmias e quantas mentiras contaram a meu respeito", declarou o presidente.
Segundo Lula, o objetivo de governar é priorizar aqueles que mais precisam. "Todos são filhos de Deus, mas Deus olha mais para aqueles que mais precisam dele." Lula exaltou as medidas e programas tomados em seu governo, como o Bolsa Família e o Pro-Uni, e afirmou ter sido muito criticado por alguns setores da sociedade. "As pessoas não sabem o milagre da multiplicação de R$ 50 na mão de um pobre", afirmou, criticando "as pessoas que tiveram tudo na vida de mão beijada". Lula citou até a crise econômica vivida nos Estados Unidos para pedir votos para Marta. "Para a gente vencer esta crise acho importante dar a esta companheira a oportunidade de governar essa cidade."
Perigo
O evento de Lula e Marta com os evangélicos aconteceu dois dias depois de um café da manhã entre Gilberto Kassab (DEM) com 2 mil pastores da cidade. O encontro foi promovido pelo presidente do Conselho de Pastores de São Paulo, Jabes Alencar, da Assembléia de Deus do Bom Retiro. "A maioria das igrejas apóia Kassab. A Marta Suplicy é um perigo", afirmou Alencar.