O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou nesta sexta-feira que o governo vai procurar a comunidade de hackers para pedir ajuda na construção do projeto Aquarius, que se destina a promover segurança cibernética de dados no Brasil.
De acordo com Mercadante, há mais de 21 bilhões de operações financeiras que transitam na rede no País. O tráfego aéreo também necessita de segurança constante. Em vez de criminalizar os hackers, o governo tentará um acordo para que colaborem na construção desse projeto, que será desenvolvido no Centro de Defesa Cibernética do Comando do Exército.
"Não podemos confundir hackers éticos com os crackers, que são piratas destruidores que atuam na rede. Os hackers, ao contrário são colaboradores do País. O que eles querem é mais transparência e mais eficiência do governo, e isso nós também queremos. Eles são jovens talentosos, não podemos criminalizá-los", disse o ministro. "O que eles querem é mais transparência na administração pública e novos instrumentos para a cidadania." Mercadante informou que haverá nos próximos dias um encontro entre representantes do governo e mais de 300 hackers das comunidades de softwares livres que atuam no País.
O ministro participou hoje de reunião com a delegação argentina que acompanha a presidente Cristina Kirchner na visita ao Brasil. Ele informou que um dos assuntos tratados é a construção de um reator multipropósito destinado à pesquisa e à produção de radiofármacos - insumos usados no tratamento de câncer e outras aplicações na medicina. Os argentinos são mais avançados nesse campo e vão ajudar o Brasil a construir esse reator no complexo de Aramar, em Iperó (SP).
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