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A gravação integral das três horas de reunião da Polícia Federal após a operação Satiagraha revela que o juiz Fausto Martin De Sanctis não quis afrontar o Supremo Tribunal Federal (STF) ao mandar prender pela segunda vez o banqueiro Daniel Dantas. Ao contrário, a decretação da prisão preventiva, tomada como um desrespeito pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, foi resultado de uma verdadeira operação de guerra montada por agentes da PF na tentativa de convencer De Sanctis de que havia provas suficientes contra Dantas.

Conforme relato de policiais na reunião, De Sanctis queria decretar a prisão preventiva do banqueiro – que poderia ser prorrogada por tempo indeterminado. O juiz, porém, afirmou não ter elementos suficientes e por isso decretou apenas a temporária – cujo prazo máximo seria de 10 dias.

Diante desses argumentos, um dos integrantes da equipe do delegado Protógenes Queiroz, até então responsável pela Satiagraha, contou, na reunião do dia 14 de julho, que decidiu correr em busca de novas provas contra Dantas para convencer De Sanctis. Foi com base nessas novas provas, que De Sanctis decidiu prender novamente o banqueiro.

Vazamento

O vazamento de informações armazenadas nos computadores apreendidos pela Polícia Federal no Centro de Operações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), há duas semanas, revelará informações que poderão colocar em risco a vida de arapongas da Abin e a segurança nacional. Com esse argumento, o governo pretende reverter a decisão do juiz da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Ali Mazloum, que proibiu oficiais da Agência de acompanharem a perícia no material apreendido pela PF para investigar o vazamento de informações da operação. No acompanhamento da perícia, os oficiais da Abin diriam quais os documentos devem ser mantidos sob sigilo.

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