Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) sugere que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) já sabia da possibilidade de ser preso a qualquer momento. Cabral foi preso na Operação Calicute, a 37.ª fase da Lava Jato.
O grampo mostra um diálogo entre uma mulher identificada como Fanny, que seria auxiliar da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, e o marido dela, identificado como Ricardo. Na conversa, a dupla insinua que Cabral saberia com antecedência de sua prisão. Além disso, na conversa, eles indicam a possibilidade de ocultação ou destruição de provas – envolvendo um colaborador chamado Rodrigo, possivelmente ligado à Secretaria Estadual da Saúde.
Em um trecho das gravações, os interlocutores comentam que o ex-governador soube minutos antes que seria preso: “Aí o Laviola veio e falou com a Célia assim: ‘Olha, a polícia pode bater aqui a qualquer momento. No que ele saiu, a polícia bateu’.” Os dois nomes citados na conversa entre a auxiliar e seu companheiro não foram identificadas pela Polícia Federal.
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