Uma semana depois de ter sido internado com tromboembolia pulmonar, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), recebeu alta na tarde desta segunda-feira (9). O político deixou o Hospital Marcelino Champagnat pouco depois das 15h30, acompanhado da primeira-dama, Margarita Sansone. Greca caminhava com dificuldade, mas, em uma rápida entrevista coletiva, demonstrou otimismo. O político deve ficar em repouso nos próximos dias, período no qual deve despachar de casa. A previsão é de que ele só retorne à prefeitura na próxima segunda-feira (16).
Tratamento de casos similares ao de Greca pode durar até seis meses
Veja os desafios que Greca terá a partir de agora na prefeitura da capital.
“Tenho que me cuidar um pouco por mais cinco dias, para não ter risco de infecção. Não vou poder estar nas Ruas da Cidadania, nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] nos próximos dias. Mas, no próximo dia 16, liberou geral”, disse o prefeito. “Eu tô louco pra ser prefeito. Me aguardem”, completou.
Antes de embarcar no carro que os levaria para casa, o prefeito e a primeira-dama se beijaram brevemente. “Agora, eu vou ver a Margarita”, disse Greca, sobre os próximos dias. Ao longo da coletiva, chamava a atenção uma mancha arroxeada no pescoço do prefeito, decorrente de um cateter usado ao longo do tratamento. Apesar disso, o paciente e o médico asseguraram que não há sequelas. Greca não cogitou se afastar temporariamente da prefeitura.
O prefeito havia sido hospitalizado em decorrência de um tromboembolismo pulmonar – um coágulo que se alojou no pulmão do prefeito. Ele atribuiu o problema à rotina intensa da campanha eleitoral, transição política e montagem de sua equipe. “Tem relação com o meu cansaço, com a montagem do meu governo. A transição foi sôfrega, a campanha foi difícil, eu não tirei férias. Eu fiquei muito tempo sentado e o coágulo se formou”, afirmou.
Ao longo desta semana, Greca deve permanecer em repouso, sem atividades físicas, exceto por sessões diárias de fisioterapia respiratória e motora. Nos próximos seis meses, o tratamento do prefeito se restringe a um anticoagulante, que o político terá que tomar periodicamente. Nos próximos dois meses, Greca também deve fazer atividades físicas leves, assistidas por profissionais.
“Esta semana, é casa”, resumiu, taxativo, o médico José Eduardo Marquesini.
Segundo o médico, Greca foi “um bom paciente”, disciplinado e focado no tratamento, com força de vontade que foi determinante à recuperação. “Tanto para ele [Greca], quanto para a gente [equipe médica], foi angustiante. Ele queria voltar o mais rápido possível”, contou Marquesini.
UTI
Durante a entrevista coletiva, Greca confirmou que chegou a ser encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva do Hospital (UTI), logo depois de ter sido internado. A informação chegou a ser mencionada pela assessoria do prefeito, que, posteriormente, voltou atrás e negou que o político estivesse na UTI. Em seguida, o mandatário voltou a afirmar que pretende dar atenção especial à saúde em sua gestão.
“Só multiplica em mim a vontade de servir a causa da saúde. Eu acho que Deus sabe o que faz, me colocou na condição de doente, dentro de uma UTI, pra eu entender o que é preciso ser feito para o bem do nosso povo”, disse.
“[Ele ficou em] um quarto anexo à UTI. A Terapia Intensiva foi necessária nos dois dias iniciais. O nível de atenção era necessário”, destacou o médio José Eduardo Marquesini.
O prefeito também informou que nesta segunda-feira foram feitos os repasses da prefeitura aos hospitais que mantêm convênio com a prefeitura. Greca garantiu, ainda, que não haverá atrasos na destinação dos recursos às unidades, porque as transferências passarão a ser feitas de forma imediata.
“Nunca mais o dinheiro dos hospitais vai ser seguro pela tesouraria municipal. A transferência será online e automática”, assegurou
O que é tromboembolismo pulmonar?
O tromboembolismo pulmonar acontece quando um coágulo de sangue se aloja no pulmão e dificulta as trocas gasosas no sangue. As causas da complicação são diversas e entre elas estão, de acordo com a diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a obesidade, a falta de mobilidade decorrente de longos períodos de imobilidade, problemas cardíacos, entre outros.
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